terça-feira, 21 de novembro de 2017

Fungos

Reino Fungi


Os fungos são organismos- que podem ser unicelulares ou pluricelulares- destituídos de clorofila. Possuem parede celular e sua reprodução normalmente envolve a participação de esporos, como ocorre entre as plantas. Mas geralmente armazenam glicogênio e apresentam nutrição heterótrofa, como os animais. E, enquanto os animais são heterótrofos por ingestão, os fungos são heterótrofos por absorção, conforme veremos a diante. Esses seres, de vida livre ou não, são encontrados nos mais variados ambientes, preferencialmente em lugares úmidos e ricos em matéria orgânica; assim, o número de espécies de fungos é particularmente abundante nas florestas tropicais.
Em virtude de suas peculiaridades, modernamente os fungos são enquadrados num reino "somente deles": o reino Fungi                       
 Importância dos fungos

Em sua maioria, os fungos, assim como as bactérias, tem uma notável importância ecológica atuando como organismos decompositores ou saprófitos. Essa ação, como vimos, permite a reciclagem da matéria na natureza e é fundamental para a manutenção de vida na terra
  Certos fungos atuam como parasitas de plantas e animais, provocando doenças.
Na agricultura, são bastantes conhecidas as doenças causadas por fungos em plantas cultivadas, como arroz, milho, feijão, batata, tomate, café, algodão e outras. Entre tantos exemplos pode- se citar o fungo Hemileia Yastatrix, causador da ferrugem do café, doença que dizimou grande parte dos cafezais brasileiros na década de 1970.
Mas existes fungos aliados dos interesses humanos na agricultura. É o caso do metarhizium anisopliae, um fungo usado em controle biológico no combate a seres nocivos às plantações, como besouros, cigarrinhas e outros insetos.
  Na espécie humana são conhecidas diversas micoses, doença causadas por fungos. Entre elas podemos considerar o "sapinho" ou a candidíase                       
Causada pelo fungo Candida albicans; a frieira ou pé-de atleta, provocada pelo fungo Tinea pedis                       
 Na fabricação do álcool etílico e de bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja, é fundamental a participação dos fungos do gênero Saccharomyces, que realizam fermentação alcoólica, convertendo açúcar em álcool etílico.

Esses fungos, conhecidos também como leveduras, são anaeróbicos facultativos, já que realizam respiração aeróbica em presença de gás oxigênio e fermentação na ausência desse gás. Por isso, na fabricação do vinho, por exemplo, evita-se o contato do suco de uva com o ar; assim, em vez de realizar a respiração aeróbica, o fungo processa a fermentação alcoólica, liberando álcool etílico e permitindo a obtenção do vinho.                       
 Os fungos do gênero Saccharomyces são também empregados como fermento na fabricação de pães, bolos e biscoitos, pois o gás carbônico que liberam durante a fermentação provoca o crescimento da massa.                       
 Na indústria de antibióticos, os fungos também têm papel de destaque. Afinal, foi do Penicillium notatum que Alexander Fleming, em 1929, extraiu a penicilina, antibiótico responsável pela salvação de milhares de vidas durante a Segunda Guerra Mundial.

Hoje, muitos outros antibióticos largamente aplicados são obtidos a partir de culturas de fungos.
Certos fungos pluricelulares, como os champignons(Agaricus campestres), são utilizados como alimentos. No entanto, convém lembra que muitos desses fungos ou cogume-los silvestre, como os boletos Santana e o amanita verna, são venenosos e podem provocar a morte quando ingeridos. Outros produzem substancia alucinógenas, como o claviceps purpúrea, que vive no centeio e produz o LSD ( sigla de Lysergic-Sour-Diethylamid) ou ácido lisérgico, uma das mas potentes drogas alucinógenas conhecida. O Amanita Muscaria, Considerado na Siberia em tempos passados um cogumelo sagrado, foi um dos primeiros conhecidos por seus poderes alucinógenos: era consumido pelos nativos daquela região, que acreditavam dele obter sabedoria e aproximação com os espíritos.

A diversidade dos fungos

Atualmente são conhecidas cerca de 70.000 espécies de fungos, um numero que representa provavelmente apenas cerca de 5% do total de espécies desses seres vivos no planeta. Estimativas como essas apontam para a existência de aproximadamente 1,5 Milhão de espécie de fungos.
Cerca de 1700 novas espécies são descritas a cada ano.  Se for mantida essa velocidade de descrição de espécie novas, e estimando-se a existência de 1,5 milhão de espécies de fungos no planeta, será necessários mais de 800 anos para que todos os integrantes do reino fungi sejam conhecidos.

Uma curiosidade: em agosto de 2000, pesquisadores do Departamento de Agricultura dos Estados unidos Encontraram, na floresta nacional de Malheur, o maior de todos os seres vivos conhecidos: um megafundo ( Armillaria ostoyae) de pela menos 2400 anos de vida, cuja micélio estende-se sob o solo abrangendo uma área de cerca de 900 hectares – equivalente a área ocupada por 47 estádios dos maracanã, um ao lado do outro; A cor amarelada dos corpos de frutificação produzidos por esses fungo deu a ele o apelido de cogumelo-mel”.

Característica gerais dos fungos


As Principais características dos fungos podem ser assim descrita:
• Podem ser uni ou pluricelulares. No caso dos pluricelulares, o corpo ou talo do fungo é chamado de micélio O micélio, por sua vez, é formado por um emaranhado de filamentos denominados hifas
• Os fungos vivem preferencialmente em locais úmidos e ricos em matéria orgânica
•  A nutrição dos fungos e heterótrofa; logo, esse organismo não possuem clorofila. Mas, ao contrario dos animais, que se alimentam por ingestão, os fungos são heterótrofos por absorção. Possuem digestão extracorpórea, isto é, eles eliminam no ambiente enzimas que digerem o alimento disponível; somente depois disso os produtos da digestão são absorvidos pelo organismo
• O Material de reserva dos fungos geralmente é o glicogênio, tal como ocorre entre os animais em geral.
• Reproduzem-se sexuada ou assexuadamente; é comum a reprodução por meio de esporos.
Existem vários grupos de fungos. Dentre eles, destacaremos o grupos dos basidiomicetos (do grego basidion: Base pequena; miketos: fungos) , fungos geralmente conhecidos como cogumelos- de – chapéus. Nesses fungos, a parte vegetativa [e geralmente subterrânea e consiste num micélio que muitas vezes se entende por vários metros abaixo do solo. A parte aérea, visível ao observador, constitui o corpo de frutificação ou  basidiocarpo, estrutura que, em condições favoráveis, emerge do solo, “ Brotando” da parte vegetativa.
O Corpo de frutificação abriga no “ chapéu “ inúmeras hifas férteis denominados basídios. Cada basídio produz quatro basidiósporos, que quando eliminados e disseminados podem germinar e originar novos milicos.


Reino Protista

Protozoários  

     Os protozoários são eucariontes unicelulares desprovidos de clorofila,que vivem isolados ou formando colonias nos mais variados tipos de habitat.Podem ser aeróbicos ou anaeróbicos e exibir vida livre ou associar-se a outros organismos. 

A classificação dos protozoários 


 Rizópodes ou sarcodíneos- Locomovem-se através de pseudópodes. 

 Flagelados ou mastigóforos- Locomovem-se através de flagelos.
 Ciliados- Locomovem-se através de cíclios.   
 Esporozoários- Desprovidos de organelas locomotoras.  

Ciliados 

    São protozoários portadores de cílios que se prestam a locomoção e captura de alimentos.Abundantes em agua doce e salgada,exibem vida livre ou associada a outros seres vivos.

Rizópodes ou Sarcodíneos 


   As ambas são os principais representantes dos rizópodes.A maioria dos rizópodes é de vida livre,podem ser marinhos ou dulcícolas como de agua doce,rios,represas,lago...

      A Entamoeba histolytica vive no intestino humano,onde atua como parasita.
      No intestino o cisto é dissolvido por enzimas,e a Entamoeba histolytica prende-se a parede intestinal atingindo capilares sanguíneos e fagocitando glóbulos vermelhos dos quais se nutre.

Flagelados 

      Protozoários portadores de flagelos que se prestam a locomoção,os flagelados ou mastigatórios podem se encontrados isolados ou formando colonias,em agua doce ou salgada e na terra. 

Esporozoários


     Os esporozoários são protozoários parasitas desprovidos de organelas de locomoção.Entre as doenças causadas por esses microrganismos,consideraremos a malária humana.

      A malária é causada por esporozoários do gênero Plasmodium,que são inoculados  no ser humano pela picada das fêmeas infectadas de mosquitos do gênero Anopheles.  
  Depois de algumas gerações,certos plasmódios transformam-se em formas sexuadas denominadas gametócitos.Essas formas poderão ser adquiridas pelo mosquito ao sugar sangue do indivíduo doente.
     O ciclo evolutivo do Plasmodium compreeende duas fases:
Fase assexuada- Ocorre no interior das hemácias,por alojar fase assexuada,o ser humano é considerado hospedeiro intermediário.   
Fase sexuada- Ocorre no tubo digestório do mosquito,que é então considerado hospedeiro definitivo.      

 

A reprodução dos protozoários

      Os protozoários reproduzem-se principalmente de forma assexuada.A reprodução assexuada por cissiparidade é a mais comum,como nas amebas e em flagelados como a Giaedía lamblia.A reprodução sexuada pode ser verificada em protozoários como os paramécios.  

Reino Monera

Reprodução das bactérias


      O principal tipo de reprodução das bactérias e a reprodução assexuada, que ocorro por divisão simples ou por cissiparidade: um indivíduo se divide originando dois outros iguais.
       Em algumas espécie de bactérias pode ocorre recombinação de material genético. E o caso de conjugação, mecanismo descoberto em cultura conjunta de duas variedades geneticamente diferentes de escherichia coli. Na conjugação, duas bactérias geneticamente diferentes se unem por meio de pontes citoplasmáticas. Uma delas, a bactéria a bactéria doadora, injeta parte do seu material genético na outra, bactéria receptora. Então, as duas bactérias separam-se  e no interior da bactéria receptora ocorrem recombinações genéticas. Em seguida, essa bactéria se reproduz assexuadamente, originando novas bactérias portadoras de material genéticos Recombinado.
Cianobactérias
       Semelhantes estruturalmente as bactérias, as cianobactérias( cianofíceas ou algas azuis) são encontradas nas aguas, na agua salgadas e em solo úmidos, bem como recobrindo superfícies rochosas e troncos de arvores.
As cianobactérias não tem plastos, mas possuem pigmentos fotossintetizantes, como clorofila e ficocianinas, dissolvidos no citoplasma.


A importância das cianobactérias



       As cianobactérias contribuem significativamente para a oxigenação da biosfera por meio da fotossíntese. Algumas espécies são capazes de fixar gás nitrogênio da atmosfera. Essa característica, aliada a capacidade de realizar fotossíntese, permite a proliferação desses organismos em ambiente naturais externamente áridos, onde outros grupos biológicos normalmente não se desenvolvem.

Vírus


Os vírus são extremamente pequenos,visíveis apenas ao microscópio eletrônico e constituído basicamente de uma cápsula de natureza proteica em cujo interior existe apenas um tipo de ácido nucleico:DNA ou RNA.

      Eles não são inseridos em nenhum dos cincos reinos.Não tem organização celular e são destituídos de metabolismo próprio,permanecendo inertes quando fora de células vivas e podendo até mesmo formar cristais.Em contato com uma célula hospedeira,passam a manifestar vida,infectando a célula e multiplicando-se em seu interior,usam a energia e o equipamento bioquímico da célula hospedeira.Os vírus são considerados parasitas intracelulares obrigatórios.



 A reprodução dos vírus  

     Nos seres vivos,o DNA produz as moléculas de RNA,associadas a síntese de proteínas.Nos seres vivos portadores de RNA,como o caso do vírus da AIDS,pode acontecer ao contrario.O RNA do vírus comanda a síntese de DNA,dai a denominação de retrovisor a esses tipos de vírus.

Novos seres vivos em geral: DNA+RNA+Proteínas.



Taxionomia

A espécie como unidade Básica


     O uso de um nome científico para cada espécie permite uma padronização universal, que evita prováveis confusões geradas pela existência de inúmeros termos populares que diferentes regiões poderiam aplicar a essa espécie. Assim, o cão domestico, por exemplo, tem apenas um nome, que permite seu reconhecimento imediato em qualquer parte do mundo: Canis Familiares
São considerados da mesma espécie os indivíduos que apresentam grandes semelhanças físicas fisiológicas e são capazes de cruzar-se naturalmente entre si, gerando descendentes férteis.

Das Espécies aos reinos
     O maracujá ou gato-do- mato, encontrado na mata atlântica, por exemplo, pertence a espécie leopardos wiedii; o gato-do-mato pequeno, o menor do pequeno felinos silvestre brasileiros, pertence a espécie leopardo tigrinus; e a jaguatirica, o maior entre os pequenos felinos silvestres brasileiros, pertence a espécie leopardos pardalis.

Todos animais citados, embora sejam de espécie diferentes -  já que não são capazes de cruzassem entre si gerando descendentes férteis -, tem características bastantes semelhantes, e fazem partes do mesmo gênero: leopardos ( há pouco tempo, o maracujá e a jaguatirica eram classificados como integrantes do gêneros felis ). Do mesmo modo, leões ( Panthera leões), tigres ( panthera tigris ) e onça pintadas ( panthera onças ), são animais pertencentes a espécies diferentes, mais são dos mesmo gêneros: panthera.

Os animais do gêneros leopardos e pantera- assim como de outros gêneros, como os dos gêneros felis (  EXEMPLO: FELIS CATUS, O GATO DOMESTICO ) e puma ( EXEMPLO: PUMA COM COLOR, A ONÇA PARDA OU SUSUARAMA) – tem certas características comuns e relatividades próximas; por isso todos eles pertencem a mesma família: Felidae

Muitas outras famílias de animais poderiam ser consideradas. A Familia canidae, por exemplo, engloba animais como o cão ( Canis familiaris) e o lobo ( Canis lúpus) Os felídeos e os canídeos tem certas características que permitem a essas duas famílias – e outras, como a Ursidae ( ursos) e a Hyaenidae ( Hienas)  - se enquadrar na mesma ordem: carnivorar

Mas ordens diferentes podem ser agrupadas em uma classe. Felideos, Canideos, Roedores ( pacas, ratos, capivaras) primatas ( serem humanos, chimpanzés, gorilas) e catáceos ( baleias, golfinhos), entre outros exemplos, são animais portadores de glândulas mamarias; por isso, são agrupados na mesma classe: Mammalia ( mamíferos).

Os mamíferos, assim como as aves, os repteis, os anfíbios e os peixes, são animais que apresentam na fase embrionária um eixo de sustentação denominado notocorda. Por isso, esse animais pertencem ao  mesmo filo: Chordata. O filo dos cordados, juntamente como o dos equinodermos ( Exemplo estrela-do-mar), artrópodes ( exemplo> insetos) analideos( exemplo: Minhoca ) e moluscos( exemplo > ostras), entre outros, constitui o reino animália( reino animal). Portanto, concluímos que:
   Varias espécies podem ser agrupadas num mesmo gênero; Vários gêneros numa mesma família; Varias família numa mesma família; Varias ordens num mesma classe; Varias classes num mesmo filo; Vários filos num mesmo reino;



    Em Relação as categorias taxionômicas e espécie humanas e classificadas da seguinte maneira



Reino: Anomalia ou metazoa



Filo: Chordata



Subfilo: vertebrada



Classe: Mammalia



Ordem: Primates



Família: Hominidae



Gênero : Homo



Espécie: Homo Sapiens


  Regras de nomenclatura
   O Nome da espécie deve ser escrito em latim, grifado ou em tipo itálico sendo obrigatória a presença de, no mínimo, dois nomes. O primeiro nome indica o gênero; segundo indica a espécie.
     O termo que designa a espécie deve sempre ser precedido do gênero e não pode ser escrito de forma isolada; assim, a anta ( Tapirus terrestres), que você vê, mamífero encontrado em matas do brasil, como na floresta amazônica pertence ao gênero tapirus e a espécie tapirus terrestris ( e não a espécie terrestris); os seres humanos ( Homo sapiens) pertencem ao gênero homo e a espécie homo sapiens ( e não a espécie sapiens).
     A inicial do Termo indicativo do gênero deve ser escrita com letras maiúscula; a da espécie com letra minúscula.
     Nos casos em que o nome da espécie se refere a uma pessoa, a inicial pode ser maiúscula ou minúscula
    Quando se trata de subespécies, o nome indicativo deve ser escrito sempre com inicial minúscula( mesmo quando ser refere a pessoas) depois do nome da espécie.
     Nos casos de subgêneros, o nome deve ser escritos com inicial maiúscula, entre o parênteses e depois do nome do gênero .

    Apresentação dos reinos


         O Moderno sistema de classificação, que distribui os seres vivos em cincos grandes reinos – Monera. Protista, Fungi, Metaphyta e Metazoa – Foi idealizado por R. H. Whittaker, em 1969.
Reino Monera.  Abrange todos os organismos unicelulares e procariontes, representados pelas bactérias e pelas cianobactérias ( também conhecidas como cianofíceas ou algas azuis).
Reino Protista. Compreende os organismo unicelulares e eucariontes, como os protozoários e certas algas.
Reino Fungi. Compreende todos os fungos, que podem ser unicelulares ou pluricelulares e são organismos eucariontes e heterotróficos por absorção.
Reino Plantae ou Metaphyta. Abrange os organismos pluricelulares, eucariontes e autótrofos. Nesse reino incluem-ser certas algas e todos os outros vegetais: Briofitas( Musgos, hepáticas), periodontistas ( samambaias e avencas), gimnospermas( pinheiros e sequoias) e angiospermas( ipês, limoeiros).
Reino Anomalia ou Metazona. Compreende os organismos pluricelulares, eucariontes e heterotróficos por ingestão. Esse reino abrange todos os animais, desde os poríferos ate os mamífero.



Síndrome de Down

 A trissomia 21, a chamada síndrome de Down, é uma condição cromossômica causada por um cromossomo extra no par 21. Crianças e jovens portadores da síndrome têm características físicas semelhantes e estão sujeitos a algumas doenças. Embora apresentem deficiências intelectuais e de aprendizado, são pessoas com personalidade única, que estabelecem boa comunicação e também são sensíveis e interessantes. Quase sempre o grau de acometimento dos sintomas é inversamente proporcional ao estímulo dado a essas crianças durante a infância.

   Os humanos apresentam em suas células 46 cromossomos, que vem em 23 pares. Crianças portadoras da síndrome de Down têm 47 cromossomos, pois têm três cópias do cromossomo 21, ao invés de duas. O que esta cópia extra de cromossomo provocará no organismo varia de acordo com a extensão dessa cópia, da genética familiar da criança, além de fatores ambientais e outras probabilidades.


Síndrome de KLINEFELTER

A Síndrome de Klinefelter é uma aberração cromossômica numérica, onde o portador é do sexo masculino e apresenta o cariotipo 47, XXY.
Essa síndrome foi descrita corretamente pela primeira vez em 1942, por um médico chamado Harry Klinefelter. Antes disso, essa doença já era observada e sabia-se que o portador tinha 47 cromossomos.
Essa doença é muito comum na espécie humana e ocorre em 1 a cada 500 meninos nascidos. Muitos indivíduos apresentam a condição, mas levam uma vida normal,sem saberem que são portadores.
   A doença pode ser diagnosticada através de estudos do cariótipo. O indivíduo portador apresenta dois cromossomos X e um cromossomo Y. É verificada a presença de cromatina sexual.
A preparação do cariótipo é feita de seguinte forma: Uma amostra de sangue é retirada do portador e passa por vários processos de preparo, onde seus cromossomos são condensados e corados. Após isso é retirada uma fotografia através de um microscópio eletrônico e impressa. Os cromossomos são montados como um quebra-cabeça, de acordo com suas semelhanças.

   O tratamento dessa doença é feita com a utilização de testosterona. Os indivíduos portadores podem possuir problemas com a produção desse hormônio, que pode ser reduzida. Na puberdade ele é muito importante para a determinação das características sexuais secundárias desses meninos. Esse tratamento com testosterona deve ser controlado periodicamente.
Observe que na Síndrome de Klinefelter o cariótipo é 47, XXY

Síndrome de Turner

Síndrome de Turner é uma monossomia do X e apenas 1% dos que a possuem sobrevive. A proporção estatística é de 1 para 8000 nascimentos, sendo que apenas a metade das meninas que sobrevivem apresentam cariótipo com 45X (como no cariótipo abaixo), a outra metade tem muitas anormalidades cromossômicas no cromossomo sexual.


 Com tamanha alteração não é de se espantar que a maioria nem chegue a nascer, e das que nascem apenas uma pequena parcela sobrevive. E dentre as que sobrevivem, aproximadamente 90% precisam fazer uma substituição hormonal para auxiliar no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (pelos pubianos, por exemplo) já que o organismo não consegue fazê-lo sozinho. Por esses dados é possível confirmar o que as pesquisas já dizem: a causa mais frequente dos abortos espontâneos por síndromes é a Síndrome de Turner, dados mais específicos taxam em 18% este índice.


  A síndrome de Turner ocorre graças à um erro durante a gametogênese, causando a monossomia do X e quase sempre está presente no gameta paterno. Suas características fenotípicas mais comuns são: estatura menor que o padrão para a idade, pescoço robusto (ou alado), ausência da maturação sexual, tórax largo com mamilos muito separados, inchaço nas mãos e pés. Nas figuras abaixo e ao lado podemos perceber perfeitamente este padrão fenotípico.

Herança ligada ao sexo

Daltonismo 
     Daltonismo (discromatopsia ou discromopsia) representa uma anomalia hereditária recessiva ligada ao cromossomo sexual X, caracterizando a incapacidade na distinção de algumas cores primárias, por exemplo, a situação onde a cor marrom é a indicação da leitura visual realizada por um portador daltônico, quando a real percepção deveria ser a verde ou vermelha. Esse tipo de confusão daltônica é a mais comum dentre os casos existentes.
Por se tratar de uma anormalidade relacionada ao sexo,é observado com mais frequência em homens do que em mulheres, em virtude de o gênero masculino possuir apenas um cromossomo X (o outro é Y), enquanto o feminino possui dois X.
Uma mulher daltônica necessariamente deve possuir genótipo homozigótico recessivo XdXd. A heterozigose XDXd ou XdXD (apenas uma inversão na posição convencional da escrita), não condiciona a manifestação da anomalia, mas indica que essa é portadora e pode transmitir a característica em questão aos descendentes.
Hemofilia 
     A hemofilia é um distúrbio na coagulação do sangue.Por exemplo:Quando cortamos alguma parte do nosso corpo e começa a sangrar,as proteínas que são elementos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento de todos os tecidos do corpo entram em ação para estancar o sangramento.Esse processo é chamado de coagulação. As pessoas portadoras de hemofilia,não possuem essas proteínas e por isso sangram mais do que o normal.
     Existem vários fatores de coagulação no sangue,que agem em uma sequencia determinada.No final dessa sequencia é formado o coágulo e o sangramento é interrompido.Em uma pessoa com hemofilia,em desses fatores não funciona.Sendo assim,o coagulo não se forma e o sangramento continua.
     A hemofilia é classificada nos tipos A e B. Pessoas com Hemofilia tipo A são deficientes de fator VIII (oito). Já as pessoas com hemofilia do tipo B são deficientes de fator IX. Os sangramentos são iguais nos dois tipos, porém a gravidade dos sangramentos depende da quantidade de fator presente no plasma líquido que representa 55% do volume total do sangue.

Células Somáticas

     O corpo humano é constituído por dois tipos de células,as somáticas e as germinativas.
     As células somáticas são as que estão em maior número no nosso organismo,são as responsáveis pelo crescimento,reposição de tecidos,as funções gerais do corpo. São células diploides,e se dividem por mitose,gerando células filha idênticas a mãe.